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16 de out. de 2013

Com nuvem e treinamento, usuário final consome menos TI.

Empresas com equipe interna de tecnologia da informação (TI) ou que contratam serviços terceirizados de TI conhecem muito bem a máxima: quanto menos você precisar do suporte de seu time de tecnologia, melhor será seu resultado e mais baixo seu custo. Afinal, sistemas complicados e manutenções complexas exigem que seus colaboradores deixem as tarefas de lado para pedir ajuda a TI, um sinônimo de queda de produtividade e atraso nos projetos.
De acordo com Rodrigo Cavalcanti, professor do curso de pós-graduação em gestão de TI da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a tendência é que as aplicações voltadas para a gestão das empresas, como os softwares de ERP (sistemas integrados de informação), e outras soluções desenhadas para gerenciar times de vendas, equipes de projetos e até mesmo gestão de infraestrutura fiquem tão simples a ponto de poderem ser manipuladas pelo usuário final com o mínimo de intervenção de especialistas. “Os projetos modernos de software não são construídos pensando no especialista, mas no usuário final, que precisará resolver seus problemas de forma intuitiva e simples”, diz Cavalcanti.
Segundo o pesquisador da UFBA, essa tendência não elimina a necessidade de profissionais de TI, mas sofistifica sua atuação. “Sempre serão necessários técnicos em TI, porém cada vez menos existirá aquela pessoa que fica numa sala, atendendo telefonemas e dando explicações sobre como exportar um relatório ou imprimir um documento”, afirma o professor.

Complexidade na nuvem – A principal vantagem para as empresas de fenômenos como esse é a redução nos custos com a TI, uma vez que o número de horas de atendentes em call center ou suporte presencial cai abruptamente se o usuário final tiver treinamento e ferramentas adequadas para usar todos os recursos dos softwares da empresa sem auxílio de especialistas.
Sérgio Rezende, diretor de pesquisa do Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar), considera que as tarefas mais complexas de TI das empresas já foram terceirizadas para soluções em nuvem, como a gestão de infraestrutura e manutenção de hardware. “Quando as empresas contratam soluções em nuvem, elas repassam para o prestador desse serviço todo o trabalho com manutenção de servidores, estrutura de conectividade e planejamento de infraestrutura, uma vez que, nesse modelo, é possível expandir e diminuir o número de recursos contratados conforme a variação de desempenho de seu empreendimento”, diz Rezende. O pesquisador do Cesar alerta, no entanto, para a necessidade de escolher com inteligência e muita pesquisa seu fornecedor de nuvem, já que este agente terá grandes responsabilidades com sua empresa, o que pode incluir até mesmo fazer backup de seus dados.
Uma vez feita a opção correta de fornecedor, restará para seu time interno tarefas menos estratégicas (e complexas) de uso da TI. É nessa fase que, recomendam os especialistas, vale a pena oferecer treinamento para os softwares adotados e qualificar os colaboradores de áreas dependentes dos serviços em nuvem, como vendedores, consultores de RH e gestores de nível médio em áreas como finanças e produção.
O cenário ideal, explica Rodrigo Cavalcanti, é que os diferentes times de uma empresa saibam explorar os recursos dos softwares em nuvem adotados e precisem de pouco apoio da TI. “Uma dica eficiente é incentivar os colaboradores com mais talento e habilidade para tecnologia a compartilhar seu conhecimento com os colegas”, diz o professor.
Na avaliação dos especialistas, esse ambiente permitiria reduzir os custos em horas contratadas de prestadores de serviço em TI e concentrar os investimentos em tecnologia apenas em áreas estratégicas, como planejamento e supervisão. “O melhor de tudo, no entanto, não é o corte de custos, mas o fato de a energia de sua empresa concentrar-se em seu negócio principal e não em manutenção de computadores e software”, afirma Cavalcanti.

31 de mar. de 2013

Igreja Universal muda sites para nuvem da Amazon.

A Igreja Universal do Reino de Deus contratou a Dedalus para migrar os principais sites do Brasil para a computação em nuvem. A instituição escolheu os serviços da Amazon Web Services para resolver os problemas de queda dos servidores legados.
A Igreja enfrentava dificuldades quando queria promover grandes eventos divulgados por rádio e televisão. O Blog do Bispo Macedo e o Portal Arca Universal chegaram a ultrapassar a marca de 20 milhões de pageviews mensais, o que causava instabilidades nos servidores. As constantes quedas impulsionaram a equipe de TI a buscar uma solução para o problema.
A migração para a computação em nuvem com a AWS deve acabar com a indisponibilidade e garantir uma redução de custos em infraestrutura e serviços. Isso porque a instabilidade levava a Igreja a fazer investimentos altos com a compra de novos equipamentos para que os servidores suportassem os acessos.
Os serviços da AWS reduzirão os custos da Igreja em relação à mão de obra. Com os serviços Cloud Front, ELB -Elastic Load Balance, S3 da Amazon Web Services e a consultoria e suporte 24x7 da Dedalus, a equipe de TI pretende resolver os problemas de instabilidade e garantir uma alta disponibilidade dos sites.

Fonte: Info.

19 de mar. de 2013

A evolução da Computação em Nuvem e o futuro da TI - por Cezar Taurion


Acompanho de perto a evolução da computação em nuvem e, realmente, de 2009, quando escrevi um livro sobre o assunto,  para hoje, dá para ver nitidamente um amadurecimento do seu conceito. Já vemos aqui e ali experiências positivas que servem de best practices, além de insights bem interessantes para uso inovador desse modelo. Nas conversas com CIOs, também fica claro que uma parcela significativa deles já compreende (e absorveu a ideia) que cloud vai trazer mudanças nos papéis e responsabilidades de TI.
Os medos e os receios iniciais, o velho FUD (Fear, Uncertainty and Doubt), que sempre acompanha as mudanças tecnológicas, vem sendo pouco a pouco eliminados, à medida que cloud é mais bem compreendido.
A visão inicial de cloud focado na redução de custos começa a ser ampliada e já vemos casos de seu uso de forma inovadora, criando novos negócios ou gerando oportunidades de negócio que o antigo paradigma de TI não permitia. Na prática, à medida que cloud for se disseminando, o fator redução de custo terá menos importância, uma vez que as empresas estarão usando esse modelo de forma natural, como hoje usamos o cliente-servidor. Os fatores que impulsionarão cloud serão flexibilidade e velocidade no time-to-market, fundamentais no cenário altamente competitivo do século XXI. Criar um novo negócio sem precisar montar uma cara infraestrutura de TI será algo que abrirá espaço para o surgimento de novos negócios, bem como permitirá empresas já existentes explorarem novas ideias e produtos com investimentos bem menores. Em vez de capital financeiro para bancar a infra tecnológica, o eixo da competição vai se deslocar para o capital intelectual.
O papel de TI é afetado. Com provedores externos cuidando da infraestrutura tecnológica (em nuvens públicas ou mesmo privadas), as áreas de TI podem concentrar seus esforços e energia na inovação, gerando novas oportunidades de negócio. Portanto, a TI, livre da âncora de cuidar de tarefas de zero valor agregado, como instalar uma nova versão de sistema operacional ou um novo release de banco de dados, vai se concentrar nos aspectos mais importantes do negócio. Os profissionais dessas funções operacionais vão se concentrar nos provedores de TI ou nas grandes empresas que manterão dentro de casa suas nuvens privadas. Outro setor que será muito afetado serão os atuais VAR (Value Added Reseller), que vivem de comprar hardware mais barato e vendê-los com alguma margem adicional para seus clientes. Os grandes provedores de nuvem comprarão servidores em grandes lotes, indo diretamente aos fabricantes. As empresas de pequeno e médio porte, no fim da década, estarão comprometidas com as nuvens, não mais adquirindo servidores  físicos. Suas aquisições serão mais e mais exclusivamente de servidores virtuais.
Essas transformações já estão ocorrendo. A IBM, por exemplo, ajudou a implementar mais de 3.500 nuvens privadas em todo o mundo. O domínio de TI passa de hardware e sua posse para o mundo do software. Cloud, na verdade, transforma hardware em software… O desafio para a área e os executivos de TI é conseguirem se adaptar rapidamente a essa inevitável transformação e assumirem a liderança do processo. A migração do ambiente on-premise para cloud é um caminho sem volta e, se a TI não assumir papel estratégico e preponderante, o resultante poderá afetar de forma negativa a empresa.
Mas a adoção de cloud tem desafios, e a área de TI deve entender claramente os riscos envolvidos. Os exemplos lidos na mídia especializada nem sempre são válidos para todas as empresas. O nível de maturidade da organização para adotar a computação em nuvem é um fator de grande relevância. Dependendo da indústria, proatividade da estratégia do negócio, seu posicionamento no mercado e mesmo a infraestrutura disponível no seu país, o ritmo de adoção de cloud vai se tornar único para cada empresa.
Portanto, a estratégia de adoção de cloud deve extrapolar a TI. Envolve o negócio em si. TI deve definir a arquitetura tecnológica, orientar a migração, definir best practices e poliíicas de adoção e uso de cloud. TI deve sair do paradigma de controlador para advisor.
Um exemplo: quando cloud surgiu, discutiu-se muito as questões de segurança. Na minha opinião muito mais FUD que realidade, uma vez que um data center de um provedor de grande porte de nuvem tem muito mais recursos de segurança que a maioria dos data centers das empresas. Agora o eixo da discussão começa a se deslocar para interoperabilidade, definição de padrões abertos e adoção de best practices de governança em nuvens. Interoperabilidade porque com certeza em um horizonte previsível a maioria das grandes empresas vai ter seu workload em nuvens privadas, mais de uma nuvem pública e em sistemas on-premise. Como interoperar esse ambiente? A TI deverá ter essa resposta!

Fote: iMasters - autor Cezar Taurion