O uso de ferramentas de internet como blogs e redes sociais aumentou o
poder de organização dos manifestantes do movimento Passe Livre, que há
uma semana protestam contra o reajuste nas tarifas de ônibus e metrô na
capital paulista.
O quarto grande protesto do grupo, que acontece nesta quinta-feira (13), por exemplo, conta com ajuda do Facebook para
somar participantes à manifestação no centro da cidade. Até às 17 horas
de hoje, 25 mil pessoas confirmaram presença no evento “Movimento Passe
Livre (MPL)” no Facebook. O uso das redes ajuda a espalhar rapidamente
as decisões das lideranças do movimento e ampliar a participação
popular nos protestos.
Outro serviço usado pelo movimento é o Tumblr. Na página “O que não
sai na TV”, os manifestantes divulgam relatos e depoimentos das pessoas
que participaram das mobilizações.
Além de textos, a página no Tumblr traz fotos e vídeos que
mostram agressões de policias contra os manifestantes. Criado na
quarta-feira, 12, o site já conta com 44 postagens sobre os eventos
ocorridos na capital paulista e também em outras cidades onde há
movimentos similares, como Goiânia e Rio de Janeiro.
O uso de Tumblr, avalia o movimento, serve de contraponto à cobertura
da mídia, que na opinião do Movimento Passe Livre retrata os
manifestantes como pessoas violentas. Chamados de “baderneiros” e
“vândalos” pelo governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB), os jovens
do MPL alegam que os atos de violência durante as três manifestações já
realizadas foram iniciados pela polícia.
Em função do grande prejuízo à cidade causado pelo impasse
entre governos e movimentos sociais , o Ministério Público de São Paulo
pediu à prefeitura e ao governo estadual que adiem, em 45 dias, a
decisão de reajustar a tarifa do transporte público (ônibus e metrô) de
R$ 3 para 3,20. Governo e prefeitura, no entanto, descartam o
adiamento e afirmam que não negociarão com o movimento até que “cessem
os episódios de violência”.
Alguns membros do Movimento Passe Livre admitem que é difícil
controlar todos os manifestantes e concordam que houve episódios
pontuais de destruição de mobiliário público, como estações de metrô e
cabines policiais, mas responsabilizam a repressão da Polícia Militar
pela escalada de violência. Já a PM, alega que age dentro da lei contra
manifestantes muito violentos.
Fonte: Info.
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