Em comparação com outros países, os jovens brasileiros têm uma visão
muito positiva da tecnologia que, para eles, é o caminho para ter
sucesso pessoal e contribuir para um mundo melhor. A constatação é de
uma pesquisa realizada pela Telefônica com o jornal Financial Times.
A
pesquisa foi feita via internet com 12 mil jovens de 27 países,
incluindo cerca de mil brasileiros. A faixa etária vai de 18 a 30 anos.
Ela mostra que, no Brasil, 57% dos jovens acham que o avanço tecnológico
reduziu a distância entre ricos e pobres. No mundo, só 38% concordam
com isso.
E 71% dos brasileiros acreditam que a tecnologia cria mais
oportunidades para todos – não só para um grupo restrito de pessoas.
Esse otimismo também aparece em outras questões. 75% acreditam que terão
oportunidade de se tornar empreendedores. A média mundial é 64%.
Essa
atitude positiva também é vista em outros países da América Latina
incluídos na pesquisa (Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e
México). 85% dos latino-americanos acham que a tecnologia torna mais
fácil conseguir um emprego.
E, no mundo inteiro, quando se
pergunta o que é preciso estudar para ter sucesso na vida, a tecnologia
aparece em primeiro lugar. Na América Latina, essa é a escolha de 34%
dos jovens consultados.
Os latino-americanos se consideram avançados em tecnologia. 32%
concordam totalmente que estão na ponta do avanço tecnológico (contra
19% no mundo inteiro). Mas há diferença entre os sexos. O percentual
entre os homens é 39%. Entre as mulheres, 25%.
A diferença é maior quando se pergunta se a tecnologia influi no
sucesso na vida. 44% dos homens dizem que sim, contra 22% das mulheres.
Essa diferença também existe em outros continentes, mas é menor neles.
Para
a maioria dos jovens ouvidos pela Telefônica, o acesso à tecnologia não
é um problema (como a pesquisa foi feita via internet, ficaram fora as
pessoas sem acesso à rede).
68% dos latino-americanos
consultados dizem possuir um smartphone (a média mundial é 76%). Eles
passam 7 horas conectados por dia, uma hora a mais que o tempo médio
considerando o mundo inteiro.
Outra atitude que se destaca
entre os brasileiros e demais latino-americanos é ter mais certeza do
que farão no futuro do que os jovens de outros continentes.
No Brasil, 39% dizem saber exatamente onde querem estar daqui a dez
anos. Considerando toda a América Latina, são 48%. Os dois números ficam
bastante acima da média mundial, de 26% que sabem aonde querem chegar.
Com base nos resultados da pesquisa, a Telefônica identificou um
grupo que ela chama de líderes do milênio. São os jovens que afirmam
estar na ponta da tecnologia, acreditam que podem fazer diferença em
seu país e acham que podem ser empreendedores.
“Esses
líderes de amanhã acreditam que melhorar a educação e torná-la mais
acessível é a melhor maneira de fazer diferença no mundo. Eles também
acreditam que, para ter sucesso pessoal, devem estudar tecnologia”, diz
José María Álvarez-Pallete, principal executivo de operações da
Telefônica, num comunicado da empresa.
O
Brasil é o nono país onde a porcentagem de líderes é maior. Aqui, 18%
dos entrevistados atendem aos três requisitos. No mundo, só 11%. O país
em melhor situação nesse aspecto é a Colômbia, com 27%.
Na
análise da Telefônica, esse grupo é mais influenciado pela tecnologia e
investe nela para ter sucesso na vida. Os líderes também são mais
otimistas que os demais entrevistados. E são muito comprometidos com a
carreira profissional.
Fonte: Info.
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