No epicentro de uma polêmica judicial sobre marketing multinível no
Brasil, foram raras as vezes que a TelexFREE emitiu anúncios oficiais em
sua defesa. Hoje, em entrevista ao Jornal do Commércio de Pernambuco, Carlos Costa, diretor e sócio da empresa, decidiu falar sobre a situação vivida pela empresa neste embate com o judiciário.
A companhia está proibida de operar sob a acusação do Ministério
Público do Acre de ser uma pirâmide financeira pelos altos lucros
distribuídos com a indicação de pessoas para divulgação do sistema e não
uma empresa de serviços de telefonia voz sobre IP (VoIP), como alega.
“Temos mais de 1 milhão de pessoas usando os nossos serviços... por
que ( a Justiça) paralisar nosso serviço? A gente recebe e-mails. Tem
pessoas que estão querendo usar e não têm o serviço. E aí tem que correr
para onde? Para a concorrência, pagando muito mais caro”, diz o
executivo.
Para ele, toda essa polêmica envolvendo a companhia acontece por que
“o Brasil não está preparado para essa revolução que é o nosso negócio,
que é o marketing multinível”, além do que falta uma lei específica para
esse tipo de negócio.
“Ainda assim, a empresa, a Ympactus, que é uma razão social que nós
abrimos justamente para trazer segurança aos divulgadores do Brasil,
cumpre com toda a legislação do País”, disse o empresário.
Joio do trigo - De acordo com Carlos, falta ao
mercado separar as empresas do ramo que são idôneas das que não são. “A
TelexFREE se enquadra como empresa séria, até porque, vamos botar assim,
os números comprovam. O que estão hoje nos acusando, dizendo que tem
indícios de pirâmide financeira, o que comprova isso aí são números”,
afirma ele.
A empresa conta hoje com quase um milhão de divulgadores cadastrados
Brasil afora – se contar famílias envolvidas, o número chegaria até a
quatro milhões, segundo cálculos da própria companhia.
De acordo com o executivo, a empresa teria repassado aos cofres
públicos 130 milhões de reais em impostos e pagou 659 milhões de reais,
hoje o valor estimado da marca, como garantia para voltar a funcionar.
“Isso ninguém fala em lugar nenhum”, disse ele.
A empresa não revela quanto fatura por ou quanto de lucro foi distribuído a cada divulgador.
Aberta como microempresa, a TelexFREE se tornou uma S. A. há duas
semanas. “Inclusive, já faz parte do planejamento nosso enquanto S.A.
abrir filiais em todo o Brasil”, afirmou Costa.
Sobre a suspeita da empresa contar com um suposto acusado de deter
empresas ilegais, Sanderley Rodrigues, Carlos afirmou que “ele
simplesmente é da nossa empresa nos Estados Unidos, não no Brasil, um
divulgador como qualquer outro, outra pessoa, sem participação na
constituição da empresa”.
Como a Herbalife - “Hoje, o divulgador é um
empreendedor... eles compram para revender o nosso serviço e ganhar
dinheiro. Como Herbalife, Forever, eles têm a condição de vender o
produto no varejo ou vender no atacado. E é isso que nós fazemos. Não
tem diferença nenhuma dessas outras empresas”, disse o executivo.
Lá fora, a empresa estaria operando normalmente. “Inclusive, no
último sábado nós tivemos uma grande convenção na Califórnia, onde
recebemos pessoas de diversas partes do mundo, da América Latina, da
Europa, da África”, comentou Carlos.
Sobre o fato de a empresa ter apenas um escritório virtual nos
Estados Unidos, o executivo comentou que a “pelos Estados Unidos, nós ( a
TelexFREE) operamos praticamente todo o mundo. A Regus é uma empresa
que fornece esse suporte para que a gente possa ter presença”, afirmou
ele.
“Eu lancei o marketing multinível no Brasil em fevereiro de 2012.
Então, todo esse crescimento que está ocorrendo em virtude do marketing,
está saindo do Brasil para os Estados Unidos. E aqui hoje no Brasil nós
temos uma sede comprada, própria, com aproximadamente 690 metros
quadrados”, disse Carlos.
Haveria ainda a intenção comprar mais uma sede nos Estados Unidos e em outros países.
“Em outro país, eu te garanto que a TelexFREE não teria o tratamento
que está tendo, nem a minha pessoa. De repente poderiam falar que era o
“homem do sucesso do ano”, entendeu?”, afirmou Carlos.
Fonte: Info.
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