O mercado de profissionais que trabalham com tecnologia no Brasil
está mais aquecido do que nunca. O setor de software, por exemplo,
emprega 1,3 milhão de pessoas e até 2020 tem estimativa de contratar
mais 750 mil trabalhadores. Essas informações positivas, no entanto, não
são o bastante para quem deseja alcançar altos cargos nas grandes
empresas multinacionais.
Para Carlos Alberto Sacco, diretor de marketing da ABES
(Associação Brasileira de Empresas de Software), é necessário que o
profissional tenha habilidades que vão além do conhecimento técnico.
“Alguns profissionais preferem apenas conversar com as máquinas. Afinal,
elas não são temperamentais, não faltam ao trabalho, não chegam
atrasadas. Mas também é necessário ter habilidade para se comunicar com
as diferentes equipes da empresa para entender a característica de
negócios da companhia” afirma.
Na visão de Sacco, o profissional de tecnologia que busca alcançar um
posto de destaque dentro de uma companhia deve saber trabalhar em
equipe e estar sempre focado nos resultados dos clientes. “O jovem que
sai da faculdade com essas qualidades passa a ser disputado pelas
grandes empresas de tecnologia como um jogador de futebol que sai de um
time pequeno e começa a receber propostas da Europa.”
Entre o leque de possibilidades na carreira de um profissional
de TI, os setores de administração de redes e banco de dados continuam
em alta. No entanto, o diretor de marketing da ABES reitera que é
necessário ir além da linguagem “0-1”. “Quem domina o business
inteligence e é capaz de associar a linguagem técnica com a de negócios
acaba sendo mais requisitado.”
Quanto às habilidades técnicas, Sacco destaca dois tipos de
profissionais que costumam ser bastante visados pelo mercado: os que
trabalham com linguagem Java e aqueles especializados em solução de
negócios SAP CRM, software focado em marketing, vendas e serviços.
Aliás, muitas empresas realizam uma verdadeira “caça” a
talentos para preencherem vagas de setores estratégicos que não costumam
atrair a atenção dos recém-formados. Costumam sobrar vagas, por
exemplo, para técnicos que trabalham com mainframes, computadores de
grande porte destinados a processar um volume gigantesco de informações.
“Pessoas mais velhas, que já estavam próximas da
aposentadoria, precisam voltar ao mercado para trabalhar com os
mainframes porque os jovens não estão dispostos a isso. Afinal de
contas, esse computador não tem um apelo gráfico igual ao
desenvolvimento de um aplicativo para iPhone, por exemplo”, afirma
Sacco.
Ao final deste mês, a Abes irá lançar uma plataforma de
divulgação de vagas em áreas de tecnologia para estudantes do ensino
superior. O objetivo da entidade é manter os futuros profissionais em
contato com as empresas do mercado brasileiro.
Fonte: Info.
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