Os cibercriminosos estão cada vez mais satisfeitos com os descuidos
dos usuários e com as brechas de segurança de sites e redes sociais. A
indústria do crime virtual faturou em 2012 cerca de R$ 220 bilhões em
todo o mundo. Apenas no Brasil, os prejuízos chegaram a R$ 15 bilhões,
de acordo com o Estudo Norton 2012.
O aumento dos ataques nas redes sociais e dispositivos móveis
são os principais responsáveis pelo resultado. “As campanhas de phishing
[fraude eletrônica] mais bem sucedidas dependem da confiança. Os
usuários acreditam nos links comprometidos recomendados por seus amigos
no Facebook”, afirmou Bianca Dima, especialista em segurança da
Bitdefender.
“Na maioria das vezes, os amigos não sabem que estão compartilhando
uma ameaça. A preocupação do cracker é não ser identificado”, disse o
engenheiro eletrônico Ascold Szymanskyj, vice-presidente de operações da
F-Secure para América Latina.
Para não cair em armadilhas e entender melhor sobre essas
ameaças, confira dicas dadas por especialistas em segurança consultados
por INFO.
Encurtadores de links - Sites que deixam os
links mais curtos são ferramentas atraentes para os golpistas nas mídias
sociais. No topo da lista, com mais URLs maliciosas, está o “bit.ly”.
Em muitos dos golpes, o usuário fornece o número do celular e “se
inscreve” automaticamente em serviços de SMS premium que irão cobrar
taxas caras, segundo Bianca, da Bitdefender.
Como identificar um link malicioso? - Eles
são sofisticados e bem desenvolvidos, de difícil percepção visual. Mas
há algumas indicações de que o site pode ser estranho. Se for “.net” ou
“.exe”, desconfie. A recomendação é instalar um anti-vírus que detecte
esses links maliciosos.
Cuidado com aplicativos - Alguns são fachada
para malwares, principalmente jogos - alguns até pagos. Muitas vezes
você instala efetivamente um jogo, mas que na verdade serviu de porta
para um cavalo de troia, um programa malicioso que facilita a invasão ao
seu computador. Conheça a procedência do aplicativo antes de instalar.
Desconfie sempre - Um método para descobrir
quem viu o seu perfil no Facebook ou ver quem te deletou? Instale e caia
em um golpe. Outros ameaças frequentes envolvem nomes de celebridades
como Rihanna, Taylor Swift, Kim Kardashian, Megan Fox e Justin Bieber.
Senha forte - Uma senha forte não é a data do
seu aniversário, nem palavras óbvias como “Jesus”, “senha1” ou
sequências como “123456”. Incrivelmente, essas senhas estão no TOP 2012
de mais usadas pelos usuários, segundo a Bitdefender. Invente algo que
ninguém possa imaginar para promover um ataque. Ignore a gramática, não
use palavras fáceis. E evite usar o mesmo nome de usuário ou combinação
de senha em vários sites. Se for permitido, use senhas de dez caracteres
ou mais, misturando letras, números, símbolos, maiúsculas e minúsculas.
Não esqueça de desativar, no seu navegador, o lembrete de senhas.
Senha roubada - Se a sua senha já tiver sido
roubada, troque-a imediatamente. Além de trocá-la no site invadido,
também a substitua nos demais serviços onde essa mesma senha é usada.
“Reveja as configurações do seu perfil para verificar se o invasor não
fez alterações que permitam a ele acessar novamente a conta, como
respostas a perguntas de segurança, e-mail ou número de celular
cadastrado para recuperação de senha”, disse Miriam von Zuben, analista
de Segurança do CERT.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de
Incidentes de Segurança no Brasil).
A busca social do Facebook - A nova
ferramenta da rede social, disponível a apenas alguns usuários no mundo,
permite um maior nível de cruzamento de informações. “Ela facilita, por
exemplo, a aplicação de golpes direcionados a um grupo de pessoas. O
usuário deve ficar atento e redefinir as configurações de privacidade
para que ações como “curtir” não apareçam publicamente em resultados de
busca”, disse Miriam, do CERT.br. Outra dica é determinar o que é ou não
pesquisável no Facebook pelo link http://www.facebook.com/me/favorites.
Chega de tanta informação - Compartilhar
muitos dados pessoais é um prato cheio para os cibercriminosos.
“Qualquer tipo de informação postada, sejam textos, fotos ou vídeos,
dificilmente pode ser completamente retirada. "Mesmo que se apague, uma
informação nunca é totalmente excluída”, afirmou Miriam. Também é
recomendável restringir o acesso ao endereço de e-mail nas redes sociais
e não divulgar planos de viagem ou publicar fotos em que outras pessoas
apareçam sem prévia autorização.
Fonte: Info.
Nenhum comentário:
Postar um comentário