Uma nova rede social está sendo criada na Argentina com
objetivo de fazer frente ao Facebook e se tornar a principal ferramenta
de intereção social na América Latina.
O Facepopular, em que "face" não significa rosto, mas
"Frente Alternativa Contra o Establishment", tem uma postura crítica em
relação ao "establishment" Facebook, que lhe serviu de inspiração.
A rede social, que espera ser um competidor direto do
Facebook, conta com servidores localizados na Argentina e seu
lançamento, esta semana, coincide com os planos de criação da mega rede
de fibra ótica que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual o
Brasil faz parte, está desenvolvendo para toda a região.
O Facepopular é o produto-estrela da Red Popular, grupo
de mídia que reúne rádio, TV e sites na internet, cujo objetivo é servir
de plataforma de integração tecnológica para os países da Unasul e da
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Celac, da qual o
Brasil também é membro.
E seus criadores são otimistas: esperam que o
Facepopular se torne a rede social mais predominante na América Latina
no prazo de um ano.
Emoperones em vez de Emoticons.
Em termos conceituais, o Facepopular tem muitas aplicações, opções e botões semelhantes ao Facebook. Mas há também diferenças. Em vez de emoticons (caracteres tipográficos que expressam emoções), há "EmoPerones" e seus usuários podem enviar uma "Evita", um "Perón" ou até um "Bolívar", em alusão aos ícones da política latino-americana.
Os hambúrgueres, por sua vez, serão substituídos por
choripanes, sanduíches argentinos feitos com chouriço. Outra diferença
em relação ao site é que o Facepopular não tem limite de amigos.
Também contará com um botão de "Não Curtir" e com uma
seção denominada "O indesejável da semana". O Facepopular quer desbancar
o Facebook, mas clonando suas ideias para adaptá-las a uma versão
latino-americana.
Em sua declaração de princípios, seus idealizadores
dizem que o objetivo do Facepopular é "gerar um canal de comunicação e
interação comunitária sem as arbitrariedades e modelos de imposição de
outras redes sociais desenhadas e operadas fora da América Latina por
corporações multinacionais".
"É uma rede latino-americana, para hispanófonos, pensada
e concebida segundo nossos próprios parâmetros e padrões", diz em sua
página na web.
Condenações.
O tom embarca na onda de condenações que se espalhou pela região após a revelação do escândalo de espionagem dos Estados Unidos, que teriam espionado milhões de mensagens de e-mail em vários países, inclusive no Brasil.
"Esperamos superar a marca dos 100 mil usuários no final
de semana", disse Pablo Lenz, um dos fundadores da rede social, em
entrevista à televisão local. "Vamos incorporar um quarto servidor
porque não vamos dar conta", acrescentou Lenz.
No entanto, no dia de seu lançamento, o Facepopular
contava com 400 usuários, segundo informações publicadas nos meios de
comunicação locais. E ao encerramento desta matéria, não era possível se
increver na rede social.
Diante das várias semelhanças com o Facebook, que vão
desde a tipografia até as mais variadas funções, a BBC Mundo contactou a
rede social para saber sua opinião a respeito do lançamento do
Facepopular e se haviam comentários sobre direitos autorais.
"Estamos analisando. Não temos comentários a fazer neste
momento", respondeu à BBC Mundo Alberto Arébalos, chefe de comunicações
para América Latina do Facebook por e-mail.
Fonte: BBC.
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