28 de jun. de 2013

Videogame tem mais impostos que arma de fogo no Brasil.

Poucos produtos e serviços são tão impactados pela carga tributária brasileira quanto os consoles e os jogos eletrônicos. Até quem fabrica armas de fogo paga menos impostos do que quem produz PlayStation, Xbox, Wii etc.
72,18% do valor dos consoles no Brasil correspondem a taxas, enquanto um revólver tem a soma de 71,58%. Somente caipirinha (76,66%), cigarro (80,42%), Vodca (81,52%), casaco de pele (81,86%) e cachaça (81,87%) têm cargas mais pesadas que os videogames, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário obtido pelo Olhar Digital.
Estão entre os impostos ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), Pis (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Em caso de produtos importados, também entra o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Esse é o principal motivo pelo qual o Xbox One vendido por aqui é o mais caro do mundo. Mas o iPad mini, que também chegou ao país com esse título negativo, paga apenas 39,12% em impostos, então que outra questão pode encarecer produtos eletrônicos no Brasil? As margens de lucro.
As redes varejistas são quem mais lucram ao vender aparatos tecnológicos - até porque lidam com mais riscos como assaltos, por exemplo -, mas os fabricantes e distribuidores também tiram suas fatias.
De acordo com o diretor de planejamento da IT Data, Ivair Rodrigues, operadoras de telefonia não aceitam vender se lucrarem menos que 25%, enquanto nos Estados Unidos essa margem é de aproximadamente 15%.
"Aqui, dependendo do produto, a margem é superior a 100%", disse ele, ressaltando que dificilmente esse exagero chega aos eletrônicos.

Fonte: Olhar Digital.

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