Nos próximos cinco anos, o número de linhas de celulares em uso no
Brasil deve crescer dos atuais 265 milhões para 350 milhões. A previsão,
da Ericsson, foi divulgada junto com a edição 2013 do Mobility Report, o
relatório anual sobre internet móvel e telefonia celular no mundo da
empresa.
O relatório traça um retrato interessante da telefonia celular
e da internet móvel no mundo. Pelas contas da Ericsson, o planeta já
tem 6,4 bilhões de linhas de celulares. O número equivale a mais de 90%
da população mundial.
Mas só 4,5 bilhões de pessoas realmente possuem celular, já que
muitas usam mais de uma linha – especialmente na Europa e na América do
Sul. No Brasil, há 1,3 linha por habitante, segundo a Anatel. Já na
Índia apenas 56% da população têm celular.
O Brasil foi o quarto país onde o número de linhas mais
cresceu no último ano. O país ativou cerca de 5 milhões de novas linhas,
atrás da China (30 milhões), da Índia (10 milhões) e da Indonésia
(também 10 milhões). Em 2014, já haverá mais linhas de celulares do que
pessoas no mundo. Em 2018, serão 9,1 bilhões de linhas.
O relatório mostra que os smartphones já estão ultrapassando os celulares simples em vendas, algo também apontado pela IDC
nesta semana. Cinco anos foram necessários para que a marca de 1 bilhão
de smartphones fosse atingida. Mas deve demorar menos de dois anos até
que se chegue a 2 bilhões.
“Essa é uma mudança importante em relação ao ano passado.
Metade dos novos celulares que chegaram ao mercado no primeiro trimestre
são smartphones. No ano de 2012, eram 40%”, disse a EXAME.com Jan
Wäreby, vice-presidente mundial de vendas e marketing da Ericsson.
Enquanto isso, as redes 4G LTE vêm se alastrando. Há cerca de
100 milhões de linhas com essa tecnologia no mundo. No final de 2012,
segundo a Ericsson, apenas 10% da população mundial tinham acesso a
essas redes mais velozes. Em 2018, elas estarão ao alcance de 60% das
pessoas.
A maior velocidade trazida pelo 4G e a popularização dos
smartphones contribuem para um crescimento de 60% ao ano no tráfego de
vídeo na internet móvel. Em 2018, metade do tráfego será de vídeo, prevê
a Ericsson.
O tráfego de música vem crescendo 50% ao ano com a
popularização de serviços por assinatura como Spotify, Rdio e Deezer. Já
o tipo de serviço em que as pessoas passam mais tempo no smartphone são
as redes sociais. A média é de 85 minutos por usuário.
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