Boa parte da revelação desta terça-feira (21) do Xbox One, novo
console da Microsoft, pareceu destinada a mostrar o quanto o aparelho,
originalmente destinado aos games, pode ser uma boa escolha de media
center.
Com pouco enfoque sobre novos jogos e recursos
particulares dos games, a Microsoft apostou em destacar seu novo
aparelho enquanto uma boa escolha de gadget com grandes possibilidades
de conectividade, com dispositivos móveis e PCs, e novos recursos de
interação.
O próprio presidente da divisão de negócios de entretenimento
eletrônico da Microsoft, Don Mattrick, disse no começo da apresentação
que a missão da empresa seria "criar um console que possa trazer todos
essas novidades de forma instantânea, simples e completa".
Entre
as novidades apresentadas a que ele se refere, estão reconhecimento de
voz para realizar grande variedade de funções no console, recursos
sociais para saber o que está bombando e o que está sendo feito pelos
amigos e o conveniente "snap mode", que permitirá rodar programas
diferentes na mesma tela e alternar com facilidade entre eles e combinar
seus usos. O Skype foi um dos aplicativos utilizados para demonstrar
esse novo potencial no Xbox One.
Hardware - Havia grande
expectativa pela aparição do IllumiRoom, periférico que permitirá
expandir imagens da tela para a parede da sala e criar um ambiente mais
imersivo com games. No entanto, apenas o Kinect 2, que virá incluso no
pacote do Xbox One, foi confirmado, com aprimoramentos no reconhecimento
de voz e gestos.
O Xbox One contará também com processador AMD de
oito núcleos de 1,6 GHz (x86_64), Blu-ray, Wi-Fi 802.11n com suporte a
Wi-Fi Direct. Além disso, o console terá entrada e saída HDMI, USB 3.0 e
HD de 500 GB.
Jogos e serviços - Apesar de prometer 15
jogos exclusivos para sua linha de lançamento - sendo oito deles de
franquias inéditas -, a apresentação de hoje não conseguiu empolgar
pelos games em si.
Muitos lançamentos esportivos foram
confirmados, como novas versões de FIFA, Madden, UFC e NBA. Houve também
grande porção do evento dedicada a apresentar Call of Duty: Ghosts e
evidenciar sua grande evolução no novo sistema. Mas, de novidade mesmo,
só Quantum Break, que está em desenvolvimento na Microsoft e trará uma
criança com superpoderes como centro da trama.
Potencial -
Assim como a Sony fez com o PS4, a Microsoft pareceu não entender o
jogador hardcore como foco de suas atenções para a nova geração. Houve
muito mais preocupação em tornar o console em um media center para toda a
família e com muitas possibilidades de interação e sociabilidade, do
que em mostrar novos jogos ou mesmo novos recursos ligados
particularmente aos games.
Ainda assim, a migração para a
arquitetura de processamento da AMD acena para um desenvolvimento mais
fluido de jogos. A revelação de novos títulos e possivelmente de novos
periféricos, como IllumiRoom e Kinect Glasses, na feira E3 em junho,
onde a Microsoft pretende fazer a segunda parte do anúncio, podem tornar
o Xbox One um item incrível nessa nova geração de consoles. Mas a
Microsoft ainda precisa caprichar para convencer bem aquele que até
agora é seu cliente principal na linha Xbox: o gamer.
Fonte: Info.
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