O LinkedIn
comprou nesta semana, por US$ 90 milhões, o agregador de notícias
Pulse. À primeira vista, a compra pareceu estranha: o LinkedIn é uma
rede social para conexões profissionais e o Pulse, um aplicativo
(app)criado por estudantes da Universidade de Stanford que funciona como
“revista personalizada”.
No app, os atuais 30 milhões de usuários escolhem os temas de
seu interesse, entre tecnologia, estilo de vida, política e outros, e
recebem numa só tela notícias de diversos veículos de comunicação.
Para especialistas do setor, uma das razões por trás da compra seria a
crescente sinergia entre recomendação de conteúdo e redes sociais.
Compartilhar notícias em ambientes como Twitter, Facebook e até mesmo no
LinkedIn é uma prática recorrente entre os usuários. Muitos recomendam
diretamente dos sites de notícias clicando nos botões referentes às
redes. Outros nem saem de aplicativos agregadores, como o Pulse, que
também “conversam” com as redes sociais.
Essa concepção já estava sendo trabalhada pelo LinkedIn, ainda
que timidamente. Em 2011, a rede lançou o LinkedIn Today, que até hoje é
um projeto experimental. É um espaço que reúne notícias relacionadas de
alguma forma com seus interesses e rede de contatos. No ano passado, o
site formou um grupo de executivos famosos que, em seus perfis, têm seus
próprios blogs. A presidente da HP, Meg Whitman, e o presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, estão entre os blogueiros.
“Nós acreditamos que o LinkedIn possa ser definitivamente uma
plataforma de publicação profissional, onde se consome conteúdo e onde
veículos vêm para compartilhar conteúdo”, disse Deep Nishar,
vice-presidente sênior do LinkedIn, no blog da rede social.
Como mais um recurso à sua disposição, o Pulse poderia ser um
novo ambiente para receber os anunciantes do LinkedIn. Mas Peter Kafka,
que escreve para o blog de tecnologia All Things D, do grupo do Wall
Street Journal, avalia que a rede social pode adotar uma estratégia
totalmente nova. “Como seria se o LinkedIn criasse um app, para seus
assinantes pagos, que integrasse a base de dados do site com o conteúdo
compartilhado pelas pessoas?”, questiona.
Para ele, seria um produto parecido com o projeto que Dan
Roth, o responsável pela área de conteúdo do LinkedIn, desenvolveu
enquanto trabalhava na Fortune. Ele criou um software que conectava
notícias sobre as 500 maiores empresas do mundo e associava aos perfis
que seus funcionários mantinham no LinkedIn rede que tem 200 milhões de
usuários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Info.
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