Recentemente o Yahoo! protagonizou polêmica no mundo corporativo ao
eliminar o home office de suas práticas em gestão de pessoas.
Houve quem defendesse a empresa, uma vez que a relação entre
eficiência e produtividade poderia estar fora de controle no caso da
companhia encabeçada por Marissa Mayer. No entanto, a maior parte dos
comentários sobre o assunto julgou o movimento como um retrocesso.
Aqui, no Brasil, a prática ainda está em processo de popularização,
com alguma resistência. Segundo levantamento da Remunerar, consultoria
de remuneração, 38% das empresas afirmam não ter a intenção de
implementar este modelo de trabalho.
Atualmente, segundo o levantamento, 34,75% das empresas já
lança mão do trabalho remoto – para 54% destas, até 30% do total de
horas dos funcionários elegíveis à modalidade é feita em ambiente
remoto.
Marcelo Samogin, diretor e consultor sênior da Remunerar,
afirma que as empresas locais ainda estão amarradas em conceitos que
transcendem os números. “A cultura do controle do funcionário não tem
ajudado as empresas a gerir seus times de um jeito moderno”, afirma.
Eficiência e produtividade - O levantamento
da Remunerar traz dados de 415 empresas de diferentes portes, que
agregam uma visão sobre como as empresas paulistas – capital e interior
– tem praticado o home office.
Em tempos de falta de mão-de-obra, a prática pode virar moeda
de troca para manter os talentos na equipe. A pesquisa aponta que 47%
dos funcionários julgam a prática altamente motivadora.
A maior parte das consultadas já oferece home office há mais
de 5 anos (28%). A dificuldade está no cálculo de eficiência desse
modelo. Segundo Samogin, as empresas ainda não conseguem por na ponta
do lápis o quanto se ganha (ou se perde) em produtividade quando o
funcionário está em casa. “O fato é que a produtividade é uma questão
estrutural no Brasil.”
A eficiência da operação também é pouco calculada. “Hoje o
aluguel de um escritório custa o dobro do que custava dez anos atrás”,
diz. “Se eu mandar metade da minha força de trabalho para casa, eu
consigo investir esse dinheiro economizado na retenção de talentos.”
Isso para não falar da questão da mobilidade, importante gargalo de
infraestrutura nas principais capitais do país.
Setores - Entre as que já permitem o home office, 59,68% pratica o modelo em apenas em algumas áreas.
Os departamentos de vendas, marketing, tecnologia da
informação e recursos humanos são os mais adeptos – principalmente no
setor de serviços (70%). “Há segmentos da indústria de Brasil novo e
Brasil antigo, naturalmente as empresas e departamentos que já
trabalham por projeto têm maior propensão à adoção do mecanismo.”
Fonte: Info.
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