25 de mai. de 2012

Final Fantasy XIII-2 conserta problemas e impressiona.

Pela segunda vez, a Square Enix lança uma continuação direta para Final Fantasy. Será que o novo episódio da série conseguiu corrigir todos os problemas que dividiram as opiniões sobre a qualidade e relevância de Final Fantasy XIII? Vamos descobrir agora.
Final Fantasy XIII-2 é uma continuação direta do jogo lançado em 2010 nos Estados Unidos e conta a história de Serah, que inicia uma jornada em busca de sua irmã, e protagonista da primeira versão, Lightning. Serah conta com a ajuda de um viajante do tempo, Noel, o último sobrevivente humano de um futuro distante.
Viagem no tempo, aliás, é a principal mecânica, e tudo gira em torno de viagens para diferentes épocas e localidades na tentativa de resolver enigmas, mudar acontecimentos e evitar que o fim da humanidade – além de reunir as irmãs Lightning e Serah.
FFXIII-2 começa bem diferente do seu antecessor. A história se desenvolve de forma muito mais rápida e com menos enrolações. A trama é apresentada com ótimas cenas não interativas que explicam bem qual é o objetivo do jogador e o que está acontecendo no mundo. O jovem Noel é estreante e faz companhia para Serah durante toda a aventura. Os dois são os únicos personagens jogáveis, e isso pode causar estranhamento para quem está acostumado a comandar diversos personagens.




Novas mecânicas


Tanto viagem no tempo quanto o controle de apenas dois personagens tem muito a ver com as mecânicas escolhidas para carregar FFXIII-2 durante as quase 40 horas de jogo. Uma delas é a possibilidade de “colecionar” e utilizar monstros no seu grupo, em um sistema que os jogadores de Pokémon e Monster Hunter não vão estranhar. Ao derrotar os adversários, existe uma chance deles se transformarem em um cristal e adicionados ao seu grupo. É possível evoluir e usar monstros de formas variadas, como o “terceiro elemento” do seu grupo nos combates.
Cada monstro possui um tipo de “papel” dentro dos combates, e são evoluídos com a utilização de itens. Mas não pense que é como em Pokémon onde os monstrinhos mudam de forma; em FFXIII-2 a evolução é apenas nos atributos e aquisição de novas habilidades.
O bestiário fortalece o sistema de batalhas baseado em paradigmas, em que cada membro do grupo usa ataques e habilidades de acordo com o papel que desempenha. Por exemplo, Serah tem mais afinidades com magias, o que a torna uma melhor personagem para evoluir em Ravager, o paradigma que aumenta os atributos mágicos. Já Noel é mais eficiente no combate físico, portanto uma melhor escolha para o papel de Commander. A troca em tempo real dos paradigmas torna o combate em Final Fantasy XIII-2 bastante parecido com o de seu antecessor, o que nos agradou por ser eficiente, rápido e funcional.




Outra nova mecânica é na forma como você encontra os inimigos nos cenários. Aliás, essa foi a grande evolução nesse tipo de sistema desde o fim dos combates aleatórios. Funciona com um sistema chamado Mog Clock, uma espécie de relógio que é ativado aleatoriamente ao você “encontrar” com inimigos nos cenários. Usando a temática de viagem no tempo, é como se os adversários se teletransportassem para perto de você.
Para iniciar uma luta, basta encostar nos inimigos – como em FFXIII. Para fugir, basta evitar que eles fiquem próximos por muito tempo. Um indicador no canto inferior da tela mostra, usando cores, qual é o perigo que você está passando no momento. Talvez lendo seja difícil de entender, mas pode ter certeza que esse é o equilíbrio perfeito entre combates randômicos e encontros ativos.


Braço torcido


Final Fantasy XIII-2 é quase que um pedido de desculpas para os fãs que reclamaram dos diversos problemas da versão anterior. Muito criticado por ser extremamente linear, FFXIII acabou não empolgando muitos jogadores. Já FXIII-2 aprendeu com os erros e é completamente o oposto.
FFXIII-2 volta a ter cidades para se explorar, sidequests, backtracking e outras opções que dão a liberdade para que você sinta que está escolhendo o que quer fazer. E isso realmente acontece, já que as viagens para os diferentes planos e tempos acontece seguindo uma regra, mas que pode ser feita na ordem em que você achar melhor. Aliás, após cumprir objetivos ao decorrer do jogo, é possível voltar a localidades anteriores e perceber como elas foram afetadas pelas ações no futuro.
Apesar de ainda manter a essência, Final Fantasy XIII-2 é totalmente diferente do episódio anterior. Ele é mais direto ao ponto, dá incentivos para você treinar e ficar mais forte e conspira positivamente para que cada hora de jogo seja divertida e não apenas empurrada com a barriga.




O enredo não é genial, mas as viagens no tempo e a busca por Lightning, junto com as belas narrações entre os episódios, garantem uma ótima experiência de RPG oriental, como há algum tempo não víamos em Final Fantasy.
Recuperando elementos importantes e exigidos pelos fãs, Final Fantasy XIII-2 é uma evolução eminente e dá esperanças que a Square Enix ainda sabe como fazer um bom RPG. Resta torcer para que as lições aprendidas sejam levadas para o próximo grande episódio da série.




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