No dia 29 de junho de 2007, a Apple iniciou as vendas do primeiro modelo do iPhone. O celular - que hoje completa cinco anos – impressionou o mundo naquela data. E virou um objeto de desejo imediato para muitos.
As causas para o sucesso são muitas. O smartphone apresentava um design (retangular) e recursos bem diferentes dos celulares daquela época: a tela era grande (3,5 polegadas), bastante brilhante e sensível ao toque; e espaço de sobra para armazenar até 16 GB de dados.
O modelo também não vinha com teclas numéricas – apenas um botão, redondo e anexado à tela. Uma câmera pequena, na parte traseira, completava o “estranho” desenho do smartphone – que era muito diferente do então poderoso Nokia N95, com sua câmera de 5 megapixels e tela de 2,6 polegadas.
Muito analistas, na época, diziam que, mesmo inovador, ele não teria sucesso. O iPhone era caro – custava cerca de 500 dólares - e oferecia os mesmos recursos de outros celulares, como suporte a aplicativos móveis e conectividade com redes Wi-Fi. A falta de teclado físico podia atrapalhar também.
Contudo, o iPhone mostrou que uma tela sensível ao toque deixava o uso de aplicativos mais fácil e intuitivo. E isso foi primordial para que um milhão de unidades fossem vendidas em três meses.
Não passou muito tempo e a indústria começou a copiar o modelo da Apple, lançando celulares com telas maiores, processadores mais rápidos e sem teclado físico. Em alguns casos, a Apple chegou a ir à justiça para reclamar de quebra de patentes. Entre os alvos preferidos, a Samsung, que conquistou boa parte do mercado de smartphones com o modelo Galaxy.
Aplicativos - O bom desempenho do iPhone fez a empresa de Steve Jobs pensar em uma nova estratégia: criar uma loja de aplicativos. Assim, as pessoas poderiam baixar, além de músicas no iTunes, aplicativos para usar no celular. A iniciativa podia popularizar ainda mais o smartphone. Na metade de 2008, Jobs anunciou a App Store.
Até então, fabricante nenhum de celular oferecia aplicativos por meio de uma loja virtual. Por essa causa, a estratégia da Apple não só chamou a atenção do mercado como deu certo: em menos de três meses, mais 100 milhões de apps tinham sido vendidos na loja.
O smartphone rendeu muito dinheiro à Apple. Segundo o Business Insider, a empresa faturou, em cinco anos, cerca de 43 bilhões de dólares só este gadget. Desse valor, 24 bilhões de dólares foram conseguidos apenas no ano passado.
Imagem mostra como eram celulares antes e depois do lançamento do iPhone: inovação que guiou a indústria
Segundo a Strategic Analytics, a Apple, no entanto, já arrecadou muito mais com o aparelho. Dados da consultoria apontam que a empresa faturou cerca de 150 bilhões de dólares com o iPhone. O valor foi atingido graças às vendas de 250 milhões de aparelhos pelo mundo; e também do comércio de aplicativos e conteúdos comprados pelo celular – segundo a Apple, os usuários do iOS já baixaram mais de 25 bilhões de programas na App Store.
Com rivais de tela maior, mais poder de processamento e melhor conectividade, como o Galaxy S III, da Samsung, está cada vez mais difícil para a Apple defender sua posição no mercado. Um evento que determinará o futuro do iPhone será a exibição, provavelmente em outubro, do iPhone 5. Será ele bom o suficiente para manter a Apple à frente dos Androids da Samsung e dos Nokia movidos a Windows Phone? A conferir!
Fonte: Info.