14 de ago. de 2013

Hacker invade babá eletrônica e grita palavrões para criança de 2 anos.

Um hacker invadiu o circuito de uma babá eletrônica e gritou insultos para uma criança de 2 anos, aproveitando-se de uma vulnerabilidade do sistema computadorizado do aparelho.
Segundo a emissora americana ABC News, Marc e Lauren Gilbert, um casal de Houston, Texas, escutou uma voz "de sotaque britânico ou europeu" gritando ofensas e obscenidades pela câmera da empresa Foscam.
A filha do casal, Allyson, estava no quarto, dormindo. A menina é surda, o que acabou sendo "uma bênção" nesse episódio, disseram seus pais. Pela câmera, o hacker foi capaz de ver o nome da criança escrito na parede do quarto. "A sensação era de que tinham invadido a nossa casa", disse Marc.
Senhas.

A Foscam, que anuncia seu produto como a "babá eletrônica ideal", ainda não comentou o caso nos EUA. Mas sua revendedora na Grã-Bretanha disse à BBC que vai entrar em contato com sua base de consumidores para alertá-los "quanto à importância de proteger suas câmeras com senhas".
A BBC encontrou provas de que hackers compartilham informações sobre como acessar câmeras não protegidas em fóruns online. Usando mecanismos de busca especializados, é possível delimitar os resultados por localização.
Em um desses fóruns, havia listas para acessar câmeras de "escolas e creches" ou de "quartos infantis".
Em abril, a empresa de segurança Qualys descobriu brechas em equipamentos da Foscam e, no ano passado, outra empresa, a Trendnet, teve de atualizar seu sistema para consertar falhas que deixaram milhares de câmeras expostas à ação de invasores.
Num fórum no site da Foscam, alguns consumidores se queixaram de problemas de segurança. "Meu marido ouviu um barulho no quarto dos bebês. Um homem começou a falar com ele (pela câmera)", disse uma usuária.
Para Alan Woodward, professor do Departamento de Computação da Universidade de Surrey (Grã-Bretanha), "equipamentos de monitoramento são úteis para garantir a segurança de crianças, mas é preciso cuidado antes de ligar (os aparelhos) a internet, já que isso aumenta sua vulnerabilidade".
Ele recomenda que os softwares dessas babás eletrônicas sejam frequentemente atualizados.

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