O número de radares de trânsito deve aumentar na cidade de São Paulo a
partir do segundo semestre deste ano. A prefeitura quer melhorar a
eficiência tecnológica dos aparelhos já existentes, dotando todos eles
do chamado leitor automático de placas (LAP), capaz de flagrar
motoristas que furam o rodízio.
Hoje, dos 587 radares ativos, só uma parcela - 196 - já tem
esse tipo de tecnologia. Além disso, novos aparelhos serão instalados
principalmente em corredores de ônibus, para coibir a invasão.
Com exceção de um grupo de 156 radares mais antigos, os demais
equipamentos serão capazes de flagrar infrações ao rodízio. A gestão
Fernando Haddad (PT) prepara um edital, a ser publicado em maio, para
contratar serviços de fornecimento, instalação e operação dos
equipamentos de fiscalização. Estima-se que o valor seja superior aos R$
140 milhões da licitação anterior.
Os contratos com as empresas e os consórcios vencedores de
cada lote serão assinados em agosto, quando os radares começarão a ser
instalados, diz Tadeu Leite Duarte, diretor de Planejamento da Companhia
de Engenharia de Tráfego (CET).
Atualmente, existem 433 pontos com radar na capital, entre
equipamentos fixos e estáticos, lombadas eletrônicas e pistolas capazes
de flagrar as placas dos veículos. A Secretaria Municipal dos
Transportes pretende rearranjar esses pontos, mas ontem, em audiência
pública sobre o assunto, não informou quantos serão criados. Alguns
poderão ser retirados.
A expectativa, no entanto, é de uma expansão da quantidade de
locais fiscalizados, já que um dos focos da ação será a verificação
eletrônica intensiva dos corredores de ônibus, para inibir a entrada de
veículos que não sejam coletivos ou táxis e, assim, melhorar a
velocidade média do transporte coletivo.
Até o fim de 2016, o governo Haddad pretende construir 150 km de
corredores de ônibus, o que ampliará de forma significativa a extensão
de vias que deverão ser monitoradas.
Os bairros mais afastados do centro expandido, onde há muito
menos radares e o trânsito tende a ser significativamente mais violento,
também ganharão mais equipamentos de fiscalização.
Tempo real: Essa tecnologia permitirá ainda rastrear o
percurso dos veículos e estimar tempos de viagem, além de subsidiar a
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte
(SPTrans), que gerencia os ônibus municipais, com dados em tempo real
sobre as condições do trânsito, permitindo a adoção de medidas mais
rápidas para solucionar problemas viários.
Para isso, todos os radares terão de ser ligados por fibra
ótica à Central Integrada de Mobilidade Urbana (Cimu), que será
construída na Rua Bela Cintra, na região central. Esse polo também
congregará e processará informações recebidas de semáforos inteligentes,
que devem chegar a 3 mil cruzamentos - metade do total- nos próximos
anos.
A adoção dessas medidas, incluindo a modernização do sistema
de radares, deve trazer melhorias de 20% na fluidez, segundo projeções
da Prefeitura. No caso dos corredores de ônibus, a meta é fazer com que a
velocidade média dos coletivos salte dos atuais 13 km/h para 25 km/h.
Segundo o secretário adjunto de Transportes, José Evaldo
Gonçalo, a licitação será feita "especialmente contemplando os
corredores de ônibus". Os que já existam somam 119 km. Ele diz que a
arrecadação com multas não necessariamente deve aumentar, já que isso
depende da obediência dos motoristas às regras no trânsito.
Velocidade: A tecnologia LAP instalada em toda a rede de
radares permitirá, no futuro, multar veículos pela velocidade média. Ou
seja, o sistema conseguirá medir o tempo percorrido entre um radar e
outro e calcular se é compatível com a distância e o limite de
velocidade.
Fonte: Info.
Nenhum comentário:
Postar um comentário