A Microsoft apresentou nesta quarta-feira uma prévia do Windows 8 no Mobile World Congress (MWC) em Barcelona, na Espanha, para uma plateia de cerca de 300 pessoas. Com apresentação do presidente da divisão Windows na empresa, Steven Sinofsky, o evento estabelece o Windows 8, com pequenas mudanças da prévia anterior, como o software que, para a Microsoft, traz a ideia de convergência. Para ele, o Consumer Preview do Windows 8 é uma quebra de geração para o sistema operacional mais usado no planeta. Para baixar gratuitamente Consumer Preview, clique aqui.
"A última mudança brusca que fizemos foi o do Windows 95", quando a interface foi completamente reconfigurada, representando uma quebra funcional e de estilo com as versões anteriores. "É o que queremos fazer com a experiência do Windows 8. Queremos facilitar as coisas para todo mundo. Tudo está diferente desde a última vez que promovemos uma mudança de geração. Naquela época, poucos consumidores conheciam mesmo a computação", falou, completando que, atualmente, as mais diferentes interfaces já foram testadas e experenciadas por uma gama enorme de pessoas.
"A primeira coisa que vamos perceber é que o Windows 8 é mais bonito, mais moderno, mais rápido e mais fluido", disse Sinofsky, salientando que, hoje em dia, fatores antes isolados como hardware, software, sistema operacional e aplicativos estão todos convergindo para um único sistema integrado. É com esse objetivo que a Microsoft pretende trabalhar nos próximos anos. "O problema é que a indústria obriga o usuário a fazer uma escolha. Mas a escolha deveria ser baseada na forma. A meta deveria ser o que o sistema operacional consegue fazer", definiu, em contraponto a "em que dispositivo" ele consegue operar.
Para isso, a Microsoft foca nos aplicativos e no design Metro, com a tela de trabalho dividida em ícones quadrados justapostos para cada aplicativo. Agora, a interface Metro funciona para todos os dispositos, de tablets a notebooks. "O mundo está dividido em celulares, desktops e tablets. Aplicatvos, no entanto, fazem parte de todos. Você usa este ou aquele aplicativo, como ilhas isoladas. Isso não está certo. você deveria ser capaz de, ao abrir um novo aplicativo, o anterior melhorar a performance", declarou.
Na sequência, Antoine LeBlond, vice-presidente corporativo de serviços para web do Windows, subiu ao palco para demonstrar como o Windows 8 com interface Metro funciona em um notebook - um dispositivo no qual o mouse substitiu o toque do dedo em uma tela de tablet ou smartphone para os quais o Metro foi incialmente feito. "Para iniciar um aplicativo, basta um clique", ressaltou, confirmando a lógica, já valida nos aparelhos da Apple com o iOS da possibilidade de abeturta e funcionamento simultâneo de vários aplicativos sem "travar" o sistema.
Com o mouse, a ideia da Microsoft é que os quatro cantos da tela de um notebook sejam os pontos-chave para a navegação. "Eu posso usar a rolagem, para cima, para baixo. Se eu quiser voltar à tela inicial, eu movo o mouse para o canto esquerdo. Se eu quiser abrir um aplicativo, eu movo para o canto de baixo", disse, apontando o local onde o botão "iniciar" está localizado nas versões anteriores do Windows. "Clicar no canto esquerdo mostra os aplicativos vistos previamente", exemplificou.
Sinosfy também elogiou bastante o Windows 7. "Ele foi o sistema operacional de maior sucesso de todos os tempos", destacou, afirmando que, agora, os esforços estão em fazer o melhor no mercado no que se refere à mobilidade e aos PCs - um dos alicerces da informática de que a Microsoft não está disposta a abrir mão apesar das crescentes vendas e do sucesso comercial de tablets e, principalmente, de smartphones.
Cópia de arquivos e sincronização na nuvem
Uma das funções que se destacam é a de copiar arquivos para download, incluindo a opção de "priorização". Por meio dela, o usuário pode pausar um compartilhamento que estiver fazendo ao mesmo tempo de algum outro caso queira priorizar. "É incrivelmente fácil", disse Julie Larson-Green, vice-presidente corporativa da divisão Windows.
Foi ela também quem mostrou a opção de sincronização na nuvem de diversos dispostivos que contenham Windows 8 - como desktop, notebook, smartphone e tablets - em uma mesma "Conta da Microsoft", segundo as palavras da própria Julie. O uso da expressão "Conta do Windows", assim como a já existente "Conta da Apple", pode evidenciar, aliás, a extinção da expressão "Windows Live".
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